TUA AUSÊNCIA

Quando te vais, o peito aperta tanto,

Que a dor, silente, invade como um manto.

O ar que falta, a mente tenta em vão,

Buscar teu rosto em vã ilusão.

Os lábios secam, o tempo para,

E o coração, pesado, desampara.

As veias ardem, o sangue grita,

Chamando o teu calor que habita.

Saudade é fogo que não se apaga,

É mar que enche e afoga a plaga.

Os suspiros são versos teus.

Cada instante sem ti um adeus.

Volta, amor, desfaz a ausência,

Que a tua falta é a minha aflição.

Sem teu calor, a vida é só incerteza,

E o peito um calabouço de solidão.