Renascimento

No silêncio árido do meu peito,

onde os ventos cantam solidão,

sou deserto, sou anseio,

buscando alívio no chão.

A sede grita na alma seca,

os passos ecoam em vão,

mas no horizonte, um fio d’água

traz alento ao coração.

E então, a chuva chega mansa,

beijando a terra a florescer,

primavera rompe o tempo,

faz o que é árido renascer.

O que era seco, agora é pasto,

verdejante de esperança e luz,

pois na dor também há encanto,

se nela o amor nos conduz.

Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 28/03/2025
Código do texto: T8296503
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