Renascimento
No silêncio árido do meu peito,
onde os ventos cantam solidão,
sou deserto, sou anseio,
buscando alívio no chão.
A sede grita na alma seca,
os passos ecoam em vão,
mas no horizonte, um fio d’água
traz alento ao coração.
E então, a chuva chega mansa,
beijando a terra a florescer,
primavera rompe o tempo,
faz o que é árido renascer.
O que era seco, agora é pasto,
verdejante de esperança e luz,
pois na dor também há encanto,
se nela o amor nos conduz.