Súplica pela Vida
A fome pela vida ainda existe
Sonolenta; aqui dentro em algum lugar.
Gritando a vontade de viver, de sair,
Alimentar os sonhos, continuar a voar...
Desejo tímido, de aproveitar cada momento,
É dissipado e carregado
Como folhas de outono levadas pelo vento.
Bravamente vou resistindo
Escondendo lágrimas, plantando amor...
Sigo entre passos apressados
Risos ensaiados e rotinas vazias
Tecendo a vida em tramas de silêncio
Disfarçando a dor em palavras macias.
Nos olhos, um brilho disfarçado
No peito, um peso que ninguém vê
E cada abraço que ofereço a vida
É uma súplica muda para o mundo não me esquecer.
Pois enquanto finjo e me ocupo
O tempo talvez me ensine a sarar
E quem sabe, um dia, sem perceber
O sorriso volte, sem precisar disfarçar.