CAIXA DE GUERRA
Ela, a ser tão, toda,
Naquele olhar,
Correu-me nervuras,
Urgenciou-me, esse
Perdido às palavras
De cair à folha, e
Perder-me, mais e mais.
Pos-me a voar, e
Ao nada, e do nada,
Este saber-se só,
Mergulhou, veias,
Rumou artérias e
Ao quente quente
Do sem sem, movido
A não ditos,
Correu, sangues e
Sangues, os de
Querê-la, sabê-la
Em mim, em mim,
E, ao sem achá-la
Jogo-me nesse agora
Da escrita, sinto-o
Pós, pós a execução…
Foi um seu olhar, que
Restou-me, ultimou-me
Palavras, epitafio-as…
Pensando-as poema,
Ao então do peito,
Caixa, de guerra,
Escrevo, ainda
Bate, bate…