Alma solitária
Na penumbra da noite onde a dor se camufla
E o eco do passado no silêncio afunda.
A deriva no caminho com a alma perdida
Por uma noite vazia, sofrida e sem vida.
Sombras que dançam nas paredes do medo
E o vento murmura um podre segredo.
No céu negro um manto de puro pesar
Sem estrelas brilhando, só um vazio a gritar.
A cada passo a angústia se torna mais forte
Sinto o peso da solidão como um abraço da morte.
Minhas lágrimas já caem como chuva de ferro
Afundando meu ser e o coração que enterro.
A tristeza é um véu que cobre o olhar
E a saudade é um fogo que arde em queimar.
Neste abismo de horror onde a dor é abrigo,
Perdi a esperança como um morto traído.
Ansiando pela morte e um descanso de alento
Mas nada além do vazio preenche o momento.
Como espectro de sombra condenado a vagar
Pobre alma solitária que não vai descansar.