UNIVERSO INDIFERENTE
Andando por meu abismo existencial,
Perco-me em meus solitários labirintos.
Embriagado pelo amargo absinto,
Aventuro-me pelas saudades em meu relicário.
Corpo à deriva em estradas espirais,
Enganado por abstratas ilusões,
Resultado de mórbidas paixões
E vãs promessas de amores celestiais.
Refugiado em meu ser estou,
Tentando recolher o que sobrou,
Mesmo com o universo indiferente a mim.
No horizonte, vejo tristes versos a brotar
Que fazem meu ser lamentar
Pelas tortuosas estradas do meu fim.