Ego
Sopro de vento
No extremo solo da ilusão;
Brisa que desperta
Pra perto do chão
As miragens da alma em lamento.
Num deserto de morte
Temos a vaga impressão
De um oásis que se desnuda
Seja o sonho mais bonito
Nas mil faces pintadas,
Dia após dia.
Vestido com trajes ocultos,
Todo dia mudo de roupa,
Como quem muda de amor
Como se houvessem novas paixões
Incorporando meu ego
A cada minuto.