A solidão
A solidão
Companheira inevitável de todo aquele que se atreve a mergulhar no oceano da existência,
Aquela que tenta te afogar nas ondas do mar da ilusão transformando sonhos reais na realidade da dor particular sentida no silêncio
Ela que te isola dentro do contexto da multidão sendo, tu, um ser único igual a todos a existir
A solidão rasga o peito delicadamente aos poucos dilacerando a alma vivendo sem permitir o esquecimento de si dentro do seu pensar,
E os pensamentos doem fazendo sangrar até aqueles que acreditam serem feitos de pedra isentos da dor
Que não permite esvaziar todo aquele vazio que faz a alma gritar pelo sibilo do silêncio da negação na narrativa que nada pode te afetar
A solidão és a tempestade que afasta o barco do porto seguro que rasga as velas da segurança fazem sua nau pairar sobre a mansidão do oceano da loucura de apenas pensar,
Oh! solidão se tu não fosses tão egoísta ao ponto de se fazer presente cobrando tudo que se faz ausente no fundo do ego de que não ver de olhos abertos quem é você!
Que machuca as mãos de que colhe e acolhe suas próprias lágrimas por sentimentos e palavras rabiscadas por emoções Acra siadas perturbando um coração
Tu roubas os remos dum barco a motor na tempestade naquele oceano de areia onde todo solitário se afogou
As vezes por perder, sonhar, desejar um simples amor...
Ricardo do Lago Matos