Prateando o pranto
As vezes me procuro onde nem sei se estou
Vou lá dentro de onde estive um dia... distante
Me encontro dentro de uma saudade dolorida,
Que sufoca e veste a alma num frio cortante
Vou lentamente por entre os momentos vividos
Buscando sorrisos que um dia o tempo deixou
Não os encontro, se perderam, foram esquecidos
Só ficaram sinais que a tristeza no rosto marcou
Não existem mais aquelas saudades tão risonhas
Que se desenhavam nos olhos com doce encanto
E iam, com o olhar, vagando por sobre o tempo
Mesmo que os olhos se prateassem com o pranto
Não caminhei como devia, entre o vagar e a pressa
Fui, com a vontade de apenas querer ir, querer chegar
Os passos rápidos não deixaram marcas fortes no chão
Aí não encontrei mais os rastros da ida para poder voltar
Por isso, hoje, dentro de mm, os sonhos se fazem festa,
É só o que tenho, sonhos que nem sei se ainda vou sonhar,
Existem, não sei se vou sonha-los dormindo ou acordado
Não sei se trarão saudades ardentes para aos olhos pratear