Prateando o pranto

As vezes me procuro onde nem sei se estou

Vou lá dentro de onde estive um dia... distante

Me encontro dentro de uma saudade dolorida,

Que sufoca e veste a alma num frio cortante

Vou lentamente por entre os momentos vividos

Buscando sorrisos que um dia o tempo deixou

Não os encontro, se perderam, foram esquecidos

Só ficaram sinais que a tristeza no rosto marcou

Não existem mais aquelas saudades tão risonhas

Que se desenhavam nos olhos com doce encanto

E iam, com o olhar, vagando por sobre o tempo

Mesmo que os olhos se prateassem com o pranto

Não caminhei como devia, entre o vagar e a pressa

Fui, com a vontade de apenas querer ir, querer chegar

Os passos rápidos não deixaram marcas fortes no chão

Aí não encontrei mais os rastros da ida para poder voltar

Por isso, hoje, dentro de mm, os sonhos se fazem festa,

É só o que tenho, sonhos que nem sei se ainda vou sonhar,

Existem, não sei se vou sonha-los dormindo ou acordado

Não sei se trarão saudades ardentes para aos olhos pratear

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 18/12/2024
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