Exposto
O coração aqui se faz exposto,
quem há de ver seu lastro imposto?
Raízes de histórias que ninguém quis ler,
narrativas ocultas que vão perecer.
Ninguém entende o que não deseja,
e quem sabe não quer, de súbito, veja.
Só quando a morte fizer-se presente,
buscarão sentido no ausente.
Porque é melhor ser mistério guardado
que verdade nua, por amor suplicado.
Mais vale ser quebra-cabeça velado
que uma alma em prantos, clamando ser amado.