Ah, Giulia, amar-te
Ah, Giulia, amar-te foi a coisa mais imbecil que me ocorrera.
Sabendo, pois, que amanhã não mais seremos,
Todo amor é como vento,
Hoje ele passa, não o sentes?
Amanhã ele não passa.
Inútil tal qualquer coisa que acontece,
Os meus versos foram úteis só por um momento,
Para desprender as lágrimas do rosto pateta,
De um ser mal amado...
Ah, viste o tom claro do dia que nasce?
Conferiste na tua agenda as tarefas de hoje?
Eu, tal como vento, nada fui em tua vida,
E arrancaram-me o dente e por um momento apenas eu senti dor. Pensei:
Caso sentisse dor não te amando,
Seria a mesma dor,
Que amanhã passa (passou!)