MOÇA DE FAZENDA
MOÇA DE FAZENDA
Amélia Luz
Ela sorria, sorria,
Mesmo solitária
Ela sorria feliz.
Engravidara de um beija-flor
Que sobrevoava
A florada do manacá
Que ela plantou.
No alpendre da casa da serra
Ela sorria encantada
Experimentando emoções estranhas
Na sua lida de enredar sonhos
Nos confusos meandros da vida.
Moça pura engaiolada na fazenda
Em permanente vigília
Olhando o longe
Buscava o desconhecido
Que nunca chegava
No murmúrio do tempo
Que passava a galope.