Desvelando a Alma de um Poeta

… E assim foi entrando pela madrugada

Sentiu-se na pele, arrepios n'alma

E, nesse vazio… quase desolada

Que sonda a noite, apego da alma!

Quando no quarto, o fez adentrar…

As paredes emudeceu sua fala

O espelho! Que Inverte seu olhar

Foi seguindo em silêncio, até a sala!

Na poltrona sentou! Viu-se a escrever

Desvela… seu diário a complementar

Sem medo, apenas desejo de compreender

Seguindo a madrugada a contemplar!

Seguiu num desejo brando de apalpar

Orelhas… folhas de um livro bom!

E todo o seu corpo, lhe desfolhar

Seus versos descreveram seu dom!

Em devaneios velou em versos…

Seu corpo que a alma acariciava

Deixou água na boca, um belo verso

O sabor, que jamais o abandonava!

Ernane Bernardo
Enviado por Ernane Bernardo em 20/11/2024
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