Desvelando a Alma de um Poeta
… E assim foi entrando pela madrugada
Sentiu-se na pele, arrepios n'alma
E, nesse vazio… quase desolada
Que sonda a noite, apego da alma!
Quando no quarto, o fez adentrar…
As paredes emudeceu sua fala
O espelho! Que Inverte seu olhar
Foi seguindo em silêncio, até a sala!
Na poltrona sentou! Viu-se a escrever
Desvela… seu diário a complementar
Sem medo, apenas desejo de compreender
Seguindo a madrugada a contemplar!
Seguiu num desejo brando de apalpar
Orelhas… folhas de um livro bom!
E todo o seu corpo, lhe desfolhar
Seus versos descreveram seu dom!
Em devaneios velou em versos…
Seu corpo que a alma acariciava
Deixou água na boca, um belo verso
O sabor, que jamais o abandonava!