Confusão

A esquizofrenia poética emergiu em mim

Sob o signo da madrugada.

Penso na cadência de vultos avoados

Entre noites caídas em claro.

Tenho o ascender da Lua Cheia

Minguando em meu seio negrume

— Centelhas de eus jazidos,

Reluzindo amalgamados em otimismo.

A face velha do suicídio beija

A infância morta de minha vida;

Eterno pendular de narrativas

Donde despenco à cova e elevo

O sorriso de Vênus.

Horas áridas sob o signo da madrugada...

O papel grita e a caneta cala.

Saio do universo e volto ao céu

Com melancolia de verso

Que enseja viver... Mas

Também deseja enterrar a própria

Amargura, o mundo,

A poesia e o próprio sangue!

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 14/11/2024
Código do texto: T8196883
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