Confusão
A esquizofrenia poética emergiu em mim
Sob o signo da madrugada.
Penso na cadência de vultos avoados
Entre noites caídas em claro.
Tenho o ascender da Lua Cheia
Minguando em meu seio negrume
— Centelhas de eus jazidos,
Reluzindo amalgamados em otimismo.
A face velha do suicídio beija
A infância morta de minha vida;
Eterno pendular de narrativas
Donde despenco à cova e elevo
O sorriso de Vênus.
Horas áridas sob o signo da madrugada...
O papel grita e a caneta cala.
Saio do universo e volto ao céu
Com melancolia de verso
Que enseja viver... Mas
Também deseja enterrar a própria
Amargura, o mundo,
A poesia e o próprio sangue!