CIO DA ALMA

Dia vazio.

Noite sensível sem estrela,

sem caminho.

No cio da alma que canta,

encontro um canto,talvez

um lamento.

E na mão que tece o poema,

uma palavra, um dilema.

Dia vazio.

Não sei tanto de mim ainda,

talvez eu saiba menos de você.

O que eu quero dizer, é o que vazio

não tem calma, só o tem o carma de

te querer, estrela luzindo.

O que eu não sei ainda é se

a dor é passageira, ou sou eu

que habito lugares indiscretos

dentro de mim...

Eu sei de um vazio sem nome,

sem passado e sem futuro.

Sei muito pouco desse presente

sem sal e sem açucar.

Eu quero ter sede, e ser de mim

a própria fonte.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 16/01/2008
Código do texto: T819522
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