CIO DA ALMA
Dia vazio.
Noite sensível sem estrela,
sem caminho.
No cio da alma que canta,
encontro um canto,talvez
um lamento.
E na mão que tece o poema,
uma palavra, um dilema.
Dia vazio.
Não sei tanto de mim ainda,
talvez eu saiba menos de você.
O que eu quero dizer, é o que vazio
não tem calma, só o tem o carma de
te querer, estrela luzindo.
O que eu não sei ainda é se
a dor é passageira, ou sou eu
que habito lugares indiscretos
dentro de mim...
Eu sei de um vazio sem nome,
sem passado e sem futuro.
Sei muito pouco desse presente
sem sal e sem açucar.
Eu quero ter sede, e ser de mim
a própria fonte.