perplexidade
O céu nublou.
As nuvens escureceram.
E a chuva não veio.
Veio o vento violento
Erguendo folhas secas, lixo e poeira
Vieram os trovões a anunciarem
a tempestade,
Mas esta dissipou
Dissipou-se o cinza púmblico
rasgado no firmamento
E, as únicas gotas que recebi
hoje foram lágrimas
Salgadas por saudade do mar
Estranhas por serem frias e condensadas
de dor
Rodopia o sol ainda fraco
e zonzo
a espalhar raios aleatórios
girando confusos os fusos
intempestivos
Não é hora.
Não há chuva.
Apenas perplexidade.