Duas Estradas
Não sei da vida
Além do que vivo.
Se vivo pouco ou muito,
Desconheço.
Não sei da morte
Além do que morro.
Se morro pouco ou muito,
Desconheço.
(Conheço quase nada,
mas escrevo sobre quase tudo,
Perdoe a ousadia,
de fazer disso poesia )
Num dia há sorte:
Parece que vivo,
Noutro, pereço:
Parece que parto.
Vejo essas duas estradas
Pela janela do meu quarto.