Renascer
Na tristeza banal da solidão,
A alma se perde na escuridão.
Um vazio profundo, sem razão,
Que inflama a esterilidade do coração.
Não culpo a solidão, não é sua culpa,
Apenas revela a aridez da sepultura.
Um deserto sem vida, sem luxúria,
Onde a dor é a única ventura.
Há algo que pode mudar o cenário,
Uma única chama que pode incendiar.
A esperança que brota do adversário,
E faz o coração novamente pulsar.
A esterilidade se dissipa aos poucos,
A solidão não mais aprisiona em jogos loucos.
E compreendo, enfim, que o amor é o nosso roco,
Que transforma a tristeza em alegria, num doce pouco.