Lamentos
No recôndito sombrio da noite
A tristeza se aloja no coração
O vazio chicoteia, terrível açoite
Embriagante taça de solidão
Vidraças embaçadas do tempo
O silêncioso quarto sombrio
Amarelados por tantos lamentos
O dorso desnudo pelo véu do arrepio
Os olhos marejados ao relento
Choramingam as letras torpentes
São resquícios dos pensamentos
As pálpebras pesadas, tentam dormir
A pena sofre comigo tais tormentos
Ansiosamente por um novo porvir!
Sandra Cristina ***