Inspiração ausente
Desce a manhã gélida e pálida
O céu em seu disfarce cinzento
A minha escrita ainda calada
Adormecida em meu pensamento
As letras mudas, ainda dormentes
Sufocadas, estão loucas as vogais
Não se encaixam em minha mente
Desconectadas, tais rimas banais
Por acaso a poesia me abandonou?
Simplesmente, perdida se ausentou?
Ou o meu versar tristonho se calou?
No meu eu...são tantas interrogações
Só ouço a respiração em meu peito
Será que sou eu a minha inspiração?
Sandra Cristina ***