Sufocada
No labirinto da vida, a pressão aperta,
Cada respiração é um peso que se oferta.
As paredes se fecham, o ar se esgota,
E a mente, em tempestade, já não se comporta.
Os gritos internos ecoam em vão,
Um mar de pensamentos, uma prisão.
As vozes do medo sussurram sem parar,
E a vontade de gritar se perde no ar.
Sinto o coração pulsar como um tambor,
Um ritmo frenético, um clamor sem amor.
A luz do dia parece distante e fria,
E a sombra da angústia é minha companhia.
A rotina se torna uma corrente pesada,
O sorriso é uma máscara, a alma cansada.
Em meio à multidão, me sinto sozinha,
Sufocada pela vida que não me ensina.
Os sonhos se escondem em cantos esquecidos,
E as esperanças viram ecos perdidos.
E assim sigo em frente, com passos lentos,
Carregando esse fardo e os meus tormentos.
E no fundo da alma, uma tristeza profunda:
sufocada pela vida que nunca se funda.