268°
Escrevo por motivos reais
Uma ida a padaria e escrevo
O ir e vir do trabalho
O suor do meu corpo vira poema
Meus calos se transformam em escrita
Escrevo como única alternativa
De uma vida voltada a solidão
Sou o poeta do cotidiano
Sempre em movimento
Vou me aprisionando a rotina
Dedicando poemas a paixões falidas
Deitando com corpos carentes
Me alimentando da ausência
Escrevo o que a realidade me permite
Minha escrita é o que tenho
Para suportar o que me afeta
Otreblig Solrac - O poeta burro