268°

Escrevo por motivos reais

Uma ida a padaria e escrevo

O ir e vir do trabalho

O suor do meu corpo vira poema

Meus calos se transformam em escrita

Escrevo como única alternativa

De uma vida voltada a solidão

Sou o poeta do cotidiano

Sempre em movimento

Vou me aprisionando a rotina

Dedicando poemas a paixões falidas

Deitando com corpos carentes

Me alimentando da ausência

Escrevo o que a realidade me permite

Minha escrita é o que tenho

Para suportar o que me afeta

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 04/10/2024
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