262°
Sou de todas as dores
Sou jardim repleto de flores
Dos amores que deixei no caminho
Sou um sujeito sozinho
Com o coração transbordando
Fiz da minha escrita o meu vazio
Ocupo um lugar na não realidade
Evito o combate e não sou covarde
Sou a chuva na tarde de verão
Sou túnel na luz desligada
Vivo com a casa fechada
Transpareço na escrita a minha solidão
Sou vulcão em sua calmaria
Espero não entrar em erupção
Sou um pacato cidadão
Esperando o amor me curar
Otreblig Solrac - O poeta burro