Absurdos.

Hoje, ninguém sabe como são meus dias

Pra isso eu os quero iguais

Outros céus, mesmas estrelas

Tá chovendo, parte a noite

Não pra vida

Pra que o dia se renove

Destarte, o tempo parecer parado

É por isso que chove

Lá no alto, a lua nova à míngua

Ninguém sabe como são seus dias

Pra que o dia amanheça, eles dizem saber

Tá chovendo pra que as flores cresçam

Que meus pés desobedeçam

Fosses dono das próprias vontades

Encontraste o sentido da vida

Cá, deste lado da noite, sequer percebeste

Prosseguimos simples cicatrizes

Na cidade dos espelhos

Infestada de lembranças

Dessas, afloradas entre sonhos absurdos

Só que a noite está sem sono

Ninguém sabe como foi seu dia

Volta ao mundo, a lua desce

Por não ter lugar pra ir.

Edson Ricardo Paiva.