ATORMENTADO

Pensa e não fala.

Seu desejo,

No peito não cala.

Com som estridente,

Num soluço constante,

Rola o pranto incessante

No rosto inocente

De quem não sabe falar.

Parecendo criança,

Sem ter esperança

De a vida viver,

Não sabe dizer,

Não sabe pensar,

Só diz que não quer,

Não sabe escolher.

Não fala o que pensa

E não cala no peito

A dor que atormenta

O sono em seu leito.

Leninha Moura
Enviado por Leninha Moura em 28/08/2024
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