ATORMENTADO
Pensa e não fala.
Seu desejo,
No peito não cala.
Com som estridente,
Num soluço constante,
Rola o pranto incessante
No rosto inocente
De quem não sabe falar.
Parecendo criança,
Sem ter esperança
De a vida viver,
Não sabe dizer,
Não sabe pensar,
Só diz que não quer,
Não sabe escolher.
Não fala o que pensa
E não cala no peito
A dor que atormenta
O sono em seu leito.