Plêiades d’el Spiritum

Solitude

Solenemente encontro-me recluso em minha torre de marfim...

Soberano templo no qual morada de minha própria companhia...

Supremo santuário em que encontro refúgio do mundo perdido...

Sublime e punitivo é o ato que faço de meu castigo e o auto-flagelo

Santo de um julgamento cuja obliteração do espírito significa-me

Sinceramente a destruição de um indivíduo que enfim me abstenho.

Sombras e penumbras perambulam na escuridão em solitude...

Solidão

Sempre estou imerso em um estado elevado que me leva ao inferno...

Suspiro e inspiro e respiro enquanto aspiro e medito em meio às trevas...

Sinto que este artefato que orna o meu rosto e em mim revela-me a face...

Surpreende-me o quanto a máscara possui mais alma do que o meu ser e

Somente ainda espero que haja a feição de meu busto ou um espectro

Sozinho e envolvo em um casco revestido em permanente sofrimento.

Sobrou-me das sombras os resquícios reminiscentes na solidão...

Soturno

Sombrios fantasmas de mim mesmo sem destino vagam sem rumo...

Sóbrios conceitos ainda pondero junto às inconscientes reflexões...

Sentimentos obscuros esclarecem-me lúcidos instintos intuitivos...

Sofrimento repugnante com um ornamento estético e inteligente

Símbolo que significa a apoteose de minha queda para um abismo

Satânico a ascender-me as chamas do inferno que acendem e chamam.

Sacrifício em que oferto o sangue etéreo no mundano ritual soturno...

(Bhrunovsky Lendarious)

Poeta Lendário
Enviado por Poeta Lendário em 06/08/2024
Código do texto: T8123322
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