Plêiades d’el Spiritum
Solitude
Solenemente encontro-me recluso em minha torre de marfim...
Soberano templo no qual morada de minha própria companhia...
Supremo santuário em que encontro refúgio do mundo perdido...
Sublime e punitivo é o ato que faço de meu castigo e o auto-flagelo
Santo de um julgamento cuja obliteração do espírito significa-me
Sinceramente a destruição de um indivíduo que enfim me abstenho.
Sombras e penumbras perambulam na escuridão em solitude...
Solidão
Sempre estou imerso em um estado elevado que me leva ao inferno...
Suspiro e inspiro e respiro enquanto aspiro e medito em meio às trevas...
Sinto que este artefato que orna o meu rosto e em mim revela-me a face...
Surpreende-me o quanto a máscara possui mais alma do que o meu ser e
Somente ainda espero que haja a feição de meu busto ou um espectro
Sozinho e envolvo em um casco revestido em permanente sofrimento.
Sobrou-me das sombras os resquícios reminiscentes na solidão...
Soturno
Sombrios fantasmas de mim mesmo sem destino vagam sem rumo...
Sóbrios conceitos ainda pondero junto às inconscientes reflexões...
Sentimentos obscuros esclarecem-me lúcidos instintos intuitivos...
Sofrimento repugnante com um ornamento estético e inteligente
Símbolo que significa a apoteose de minha queda para um abismo
Satânico a ascender-me as chamas do inferno que acendem e chamam.
Sacrifício em que oferto o sangue etéreo no mundano ritual soturno...
(Bhrunovsky Lendarious)