VAZIOS
No eco profundo do vazio existencial,
Onde o ser busca sentido no abismo,
Paira o vazio absoluto, silencioso e total,
Um nada que é tudo, sem qualquer cisma.
No labirinto da mente, ecos de um porquê,
Perguntas sem respostas, noites sem fim,
O vazio existencial que vem e que é,
Desprovido de razão, perdido em si.
E então, há o vazio, vazio de ser,
Sem forma, sem dor, apenas oco,
Um espaço infinito, um não-viver,
Um lugar onde o pensamento é louco.
No cruzar dos dois, um vórtice se forma,
Uma dança entre o existir e o não-ser,
Um jogo de sombras, sem cor e sem norma,
Onde a alma vaga, sem saber.
O vazio existencial grita, quer se preencher,
Busca na essência, tenta se encontrar,
Mas no vazio absoluto, não há o que ver,
Somente o nada, eterno, a nos abraçar.
E assim, no silêncio, eles se entrelaçam,
O vazio da alma e o vazio do mundo,
Um elo invisível, onde juntos passam,
Na vastidão sem fim, seu destino profundo.
TIÃO NEIVA