AS VEZES

Todo dia lembro quem sou;

Uma alma vazia, procurando amor.

Fecho meus olhos, sonhos crescem;

Abro-os, a realidade me entristece.

Correndo à procura de um amor,

Bato de cara com profunda dor.

Por que ando a procurar?

O que quero encontrar?

Interrogações preenchem meu coração:

O que realmente importa, o que faço, então?

Na estrada da vida vejo só estilhaços,

Dentro de mim, fico a juntar pedaços.

Fico no canto, pensando em espanto,

O quanto sofro tanto desencanto.

Vejo que tudo foi preciso e virei lenda,

As marcas que carrego são minha fenda.

Às vezes vejo que valeu a pena,

Sou minha própria esperança plena.

Não percebi o quanto corri, até que entendi:

Estou só, porque nessa corrida eu venci!

GEOVANO MEDEIROS
Enviado por GEOVANO MEDEIROS em 27/07/2024
Código do texto: T8115904
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