Exilado

Quando tinha tuas mãos

Teus carinhos me cuidando,

Como anjinho sem aréola

Mais humano do que santo.

Quando os lábios umedeciam

Meu rosto e minha boca,

O sabor de teus beijos

Como doce mel do campo.

Quando me querias e me fitavas

Meus olhos como de menino;

Os anos que ligeiros passam

Roubando-me teu carinho.

Agora que não tenho mais,

Tuas mãos e teus beijos,

Agora que vivo isento

Só memórias que restaram.

O meu destino há de ser

Vagar sozinho pela cidade,

Sempre na sombra, planando

Por entre vielas e estradas...

Pasquali
Enviado por Pasquali em 25/07/2024
Código do texto: T8114364
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