Aos cacos
O reflexo turvo do espelho,
Olhos exaustos sobrepostos em sombras.
Alma embriagada de desprazeres e
A exaustão do corpo já vencido.
A revolta momentânea ao entardecer,
Socos em fúria contra o espelho.
O Som do vidro se rompendo no chão e
Gotas de sangue escorrem quente pelos dedos.
Em meio a dor incessante,
Entre o reflexo nítido e fragmentado
Dispersos no chão já em silêncio.
Pode-se ver o olhar dividido!
O que restou do espelho reflete agora
A alegria incerta e confusa,
Refletindo um sorriso súbito.
Um homem inteiro em meio aos cacos!