Aos cacos

O reflexo turvo do espelho,

Olhos exaustos sobrepostos em sombras.

Alma embriagada de desprazeres e

A exaustão do corpo já vencido.

A revolta momentânea ao entardecer,

Socos em fúria contra o espelho.

O Som do vidro se rompendo no chão e

Gotas de sangue escorrem quente pelos dedos.

Em meio a dor incessante,

Entre o reflexo nítido e fragmentado

Dispersos no chão já em silêncio.

Pode-se ver o olhar dividido!

O que restou do espelho reflete agora

A alegria incerta e confusa,

Refletindo um sorriso súbito.

Um homem inteiro em meio aos cacos!

Poeta do vinho
Enviado por Poeta do vinho em 25/07/2024
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