Queda livre
Segurando a tua mão, pude sobreviver ao desfiladeiro.
Já em queda livre, sentia a inexistência de uma possível salvação.
Então... Senti ao toque suave de mãos mágicas.
O tempo/espaço havia se dobrado, estaria eu de pé, em segurança.
Mesmo que as vozes do silêncio dissessem " acorde, ainda estás a cair"... ao teu lado sentia paz...
O transtorno ouvido, vindo dos gritos do silêncio, deixavam a mim, surdo.
Já em tentativa desesperada de livar-me de tudo aquilo e fazer de teu mundo paz outra vez, de toda forma tentei soltar-me do teu seguro abraço... Soltei-me!
Corria em direção ao escuro, obscuro.
Suprimia toda a vontade em permanecer, ficar...
Mesmo amando e sendo amado, desejei desta vez salvar a ti.
E em direção ao penhasco, fui, dirigi-me e em queda livre coloquei-me por nós.
Estou a cair, planar, morrer.
Chanceler crivo