POEMA ADENTRO
Lembram-me
Versos, que
Ela, adentro,
Adentrou-lhes, e
Súbito, o de
Vê-la, incontinente,
Fizeram-se mãos,
Ferramentas,
A ajusta-la,
Solta-la,
Às rimas, tão
Livres, desse amor
Às palavras,
Tantas todas em
Que estava…
E assim uma a
Uma aos ares dum
Não acontecido,
Hoje retorcem-me,
Num maquinar,
A dor, pontos, pontos
Indecisos, vírgulas, e
Aos travessões do
Não se dar em falas,
Calo fundo.
Bem, aí
Meu Amor,
Sem mais,
Deixo-a à foto.
E ao poema,
Fico a sós,
Esse, sem título:
Não estás aqui!