Véus de Cinzas

Em cinzas da partida me escondo,

Lembranças que o vento espalha ao redor.

Porta fechada, um adeus sem som,

Ecos do que foi, um amargo sabor.

Coração gelado, um iceberg em meu calor,

Ignorância cortante, qual punhal ferindo a flor.

Solidão que floresce em espinhos agudos,

Um jardim em luto, pelos sonhos desfeitos.

Mas a dor que me consumia, agora em força se converte,

Raízes que se erguem, buscando a luz que me desperte.

Da saudade que sobrou, brota a esperança em flor,

Ervas daninhas transformadas em força e vigor.

Somente a solidão me acalma,

Ninho de paz que me acolhe na calma.

Da tristeza que passou, resta apenas a lição,

Um novo amanhecer, libertação.

Em direção ao horizonte, novos sonhos a tecer,

Pedaços de um passado que não me prendem mais ao ser.

Com passos firmes, sigo em frente, sem olhar para trás,

Em busca de um futuro onde a felicidade enfim se faz.

Luana Luar
Enviado por Luana Luar em 29/06/2024
Código do texto: T8096463
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