SOB O LUAR DA SAUDADE
Sob o luar da saudade, vagueio sem rumo,
Nas vielas do passado, onde o tempo se esfuma.
Te vejo, não com os olhos, mas com a alma,
Nesse eterno reencontro, onde a memória se acalma.
As estrelas sussurram segredos antigos,
E o vento traz ecos de risos e abrigos.
Te vejo, como um sonho que se desenha,
Na tela da mente, em tons de nostalgia e lenha.
Os suspiros da noite tecem versos invisíveis,
Como fios de prata que entrelaçam impossíveis.
Te vejo, nas entrelinhas do silêncio,
Onde a ausência se torna presença, num doce ofício.
E assim, sob o luar da saudade, dançamos,
Nossas almas entrelaçadas, como ramos.
Te vejo, além do tempo, além da distância,
Nesse poema etéreo, onde a lembrança é fragrância.