O poeta errante

Vadio! O poeta errante

Pela minha porta passa,

Toda semana, ele passa

Sem um traje adequado.

Tem no rosto um sonho

Parece sempre avoado,

Lá nas nuvens entrevê

Um anjo calmo e alado.

Que versos será que saem

Deste poeta vagabundo?

Sem casa, amigo nem nada

Nem mão de namorada?

Será que pensa na morte?

Que há de chegar tão logo…

Se morresse não passaria mais

Pela minha porta, pelas nossas casas.

Há uma trilha de lembranças

Que ele se deixa trilhar

Seu mistério: os frutos da pena

Os poemas que deixou escapar.

Pasquali
Enviado por Pasquali em 20/06/2024
Código do texto: T8089943
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