Apneia

APNEIA

É no silêncio da noite

E na solidão dos tormentos

Quando quase tudo cala

Que minha alma faz festa.

É no alarido dos pesadelos

Sob o ronco rouco da apneia

A quase morte em vida

Que desperto entre suor e medo.

A súplica pelo amanhecer

Dobra meus joelhos em castigo

Fazendo-me murmurar

Surradas e mastigadas preces

Que Deus já não engole mais.

COSN

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 11/06/2024
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