Calcário

Solidão.

Observo os ponteiros de um relógio,

parece que eles não estão se movendo.

O tempo está parado.

Espera que eu me mova.

Uma dor atávica. Novamente vejo o mundo.

Todo mundo está fazendo barulho sem se curvar.

Com os sonhos mortos, entro no vazio,

descalço, para sentir a terra.

Eu não posso desistir agora,

nem do meu aposematismo,

calcário e fantasma intrínseco.

Del )
Enviado por Del ) em 06/06/2024
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