Calcário
Solidão.
Observo os ponteiros de um relógio,
parece que eles não estão se movendo.
O tempo está parado.
Espera que eu me mova.
Uma dor atávica. Novamente vejo o mundo.
Todo mundo está fazendo barulho sem se curvar.
Com os sonhos mortos, entro no vazio,
descalço, para sentir a terra.
Eu não posso desistir agora,
nem do meu aposematismo,
calcário e fantasma intrínseco.