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alguma poesia que

se solidarize

com minha paixão sem nome,

meus mil naufrágios sem barco.

ainda ontem

imaginei ter cruzado

com a solidão na esquina.

senhora magra, altiva

e bem arrumada, olhou-me

de revés

e não respondeu meu "boa noite".

Pensei que isto fosse

o fim do Mundo!

Que nada! O Mundo continua...

e eu, cá, sem poesias que

me falem... porque

ontem,

senhoras e senhores,

a solidão me negou

sua palavra.

Luciana Cavalcanti
Enviado por Luciana Cavalcanti em 17/05/2024
Código do texto: T8065378
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