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alguma poesia que
se solidarize
com minha paixão sem nome,
meus mil naufrágios sem barco.
ainda ontem
imaginei ter cruzado
com a solidão na esquina.
senhora magra, altiva
e bem arrumada, olhou-me
de revés
e não respondeu meu "boa noite".
Pensei que isto fosse
o fim do Mundo!
Que nada! O Mundo continua...
e eu, cá, sem poesias que
me falem... porque
ontem,
senhoras e senhores,
a solidão me negou
sua palavra.