Não me condeno
Não me condeno.
Não mais, depois que acabei com tudo.
Não sabia se iria escapar vivo,
mas sai quase ileso mesmo morrendo aos poucos e lambendo as feridas dos arranhões adquiridos pelo caminho.
Retirei os espinhos cravados dos meus pés descalços
E das minhas roupas rasgadas ao passar por brecha estreita.
Minhas cicatrizes ficarão, mas elas não são letais.
Farão parte das memórias de quando os vendavais
Me balançavam e me condenavam a morte.
Meus sonhos serão reprojetados e alcançados.
Meu corpo, minha alma, e o meu coração tiveram
Abalos irreparáveis, sobre tudo no tocante ao amor.
Essa cicatriz quase pôs fim a vida e os sonhos,
Deixo para trás esse triste episódio sem voltar o rosto
E sigo enfrente ciente que flores existirão
E nos jardins que eu pisar rosas florescerão
Águas brotarão das fontes que eu alimentar
Não vou mudar meu rumo, ele não é mais de dúvidas