Madrugada Vazia
A solidão veio como tempestade
No quarto em penumbra, a saudade persiste.
Abro a janela, o frio me invade,
E contemplo teu retrato, a tristeza me assiste.
O sol surge tímido, nesta manhã serena
Mas dentro de mim, a solidão me devora.
Cada raio é uma saudade que envenena
Pois tua falta é algo que me apavora.
No silêncio da manhã, lembranças se acendem,
De risadas e juras, promessas feitas
Mas agora são tantos silêncio que me prendem
E teu cheiro na minha cama desfeita.
Enquanto o mundo desperta em aquarela,
Eu permaneço aqui, cativo da solidão.
Anseio teu retorno, olhando pela janela
Para que a vida volte a inundar meu coração.