FAROL DO AMOR
Estou à deriva cercado por um ar que sufoca;
Vento parado, que não venta, não sopra.
Vivendo a calmaria da ausência de paixão
Que não deixa esperanças, que a vida esgota.
Calmaria é carência que deprime, que isola;
Faz sofrer, esmorecer, te arrastando para a dor
Que se perde no horizonte, vasto, gigante
Onde não há vestígio, à vista, de amor.
Terei que ser içado, resgatado, rebocado pelo tempo?
Manterei amordaçado meu coração triste e só?
Seguirei parado como o ar que me sufoca?
Quando o momento é aniquilador de esperanças e de amor,
Lancemos um sinalizador para sermos encontrados, resgatados.
Necessitados de amor. Sobreviventes da dor. Amados.