LUME DA SOLITUDE
Quando escolheu partir sozinha pela via solitária,
ficou em mim a sina dos dias sobre os cílios,
o peso do lume no ermo das noites em claro.
Ainda arde aqui o fogo do sol e da chuva,
ledice acurada da abelha na flor da estação.
Sinto as pegadas no solo esquerdo do peito,
e assim como faz o pesadelo nos desejos,
continuo vestido da roupa Inverno e verão,
cio íntimo do querer num céu sem clarão.