Solidão em Ritmo de Silêncio

Como um bicho asqueroso que vagueia sem rumo na vida

Eu caminho na terra. Morena que me dá alegria,

É minha palma um todo mundo de encantos soníferos

Amargos no doce de um vinho

Tinto, como teu beijo distante...

- Antes eu!

Solidão.

Os calos nos dedos são da canção pedida

Perdida

Peça a peça...

É uma pena, irias gostar.

Era tão calmo te ter em silêncio na escuridão suprema do meu quarto.

Um tempo de três passaram-se me raspando as ventas

E meu quarto nunca viste.

Ventava ao lembrar disso.

Eu nem sei mais onde quero chegar.

E como um velho coelho sábio, Paulo inda me disse:

“Saiba o que queres!”

E eu quis saber ontem como nunca...

Hoje lavo os olhos pra melhor ver o mundo

Mas ele, este velho caquético que é,

O mundo se mostra embaçado...

Não sei se são meus olhos

Nem sei se é sua face...

Não quero mais saber.

Passei do tempo de exigir explicação,

Apenas contemplo cada transformação

Em silêncio

Como se deve!

“Quem vive pra pedir explicação, jamais saberá o gosto de perder-se no sabor doce de nada saber!”