Mais um dia sem você
Na vastidão do silêncio, ecoa a solidão,
Um eco frio que invade a alma, sem perdão.
É como um manto escuro que me envolve,
Numa dança solitária que não se dissolve.
Caminho entre sombras, perdido na escuridão,
Buscando uma luz, uma mínima sensação.
Mas a solidão é minha única companheira,
Num mundo onde a ausência de tudo me desespera.
As paredes parecem sussurrar meu nome,
Ecoando o vazio que habita.
O coração solitário bate em compasso lento,
Numa sinfonia triste, sem nenhum alento.
Ah, solidão, cruel e implacável companheira,
Que dilacera a alma e sufoca a primavera.
Em teu abraço gélido, encontro meu tormento,
Perdido num mar de ausência, sem alento.
Mas mesmo na escuridão mais profunda e fria,
Guardo a esperança de uma aurora que um dia,
Há de dissipar essa névoa densa e sombria,
E me libertar dessa prisão que é a solidão vazia.