PRISÃO

Devaneios da carne nos verbos e versos

Registro etéreo do íntimo do efêmero

Tatuagem indevida

Cravada à língua

Derramamento de salivas

No clímax da faísca de poros

Estrondos de demasias e desmesuras transeuntes

De escombros salobros na herança de lágrimas a mim pertencida

Saltam alvoroços dentro deste poema, colisões e gozos.

Inaugurei e arquivei lógicas neste devir de ser amante

[Tessituras de refúgio

Descarrilhei meus olhos quando tombei nos teus lancinantes

Detentor de um êxtase exuberante

Encarcerado tátil, por descuido, minha razão.

O incógnito da diminuta liberdade

O teu nome desconjurado em líquida vaidade

Camuflo selvagens confissões nos silêncios

[nas reticências tantas do passado

Desejos estampados, costurados na memória

Além da sobra, todo o resto.

Na retina abcesso na pele minha, abcessos

Adereços em calabouços perenes

No cerne do âmago

[poemas lúgubres

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 23/02/2024
Código do texto: T8005170
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