LONGAS CONVERSAS
Nas longas conversas da noite calada,
Ecoa a solidão, forte, mas já cansada.
Palavras perdidas no vazio do ar,
Cada suspiro um som , um sopro a ecoar.
Entre sombras e luzes, na penumbra a dançar,
Solidão se faz presente, insiste em me acompanhar.
Memórias distantes, suspiros ao vento,
No silêncio profundo, é meu eterno lamento.
Sussurros perdidos em um mar de desejos,
Onde a alma vagueia em busca de ensejos.
Nas longas conversas, apenas o eco da saudade,
Só a solidão como única companhia na verdade.
Em cada palavra não dita, um abismo se abre,
Na imensidão do silêncio, a solidão é como vinagre
E assim, entre murmúrios e silêncios profundos,
Longas conversas ecoam, perdidas no mundo.
Tião Neiva