MEMÓRIAS
Memorias são labirintos a sobrevoar
Uma esquina escura, por vezes, suja, vazia e cinza
Outras vezes, é um calor no peito abrasador
Um tempo bom em qualquer clima
Um gosto de infância
Mas quase sempre amarga e difunde mágoa
E é assim que eu insisto em esquecer-te
Pois cada minuto é um ano em mim
Sendo assim, lembrar-me de ti
Cada segundo nesse universo é um suplício
Uma única chance de sobreviver
Não sei se ainda tenho medo, o medo já se fez carne e vou comendo dia a dia
O medo já tem a minha cor, está em minha pele
Teve a tua face e tua voz
Hoje tem a tua saudade
Hoje o medo já fez seu habitat natural
No meio de tantos “quases”
Sigo invicta em derrotas conquistadas