MEMÓRIAS

Memorias são labirintos a sobrevoar

Uma esquina escura, por vezes, suja, vazia e cinza

Outras vezes, é um calor no peito abrasador

Um tempo bom em qualquer clima

Um gosto de infância

Mas quase sempre amarga e difunde mágoa

E é assim que eu insisto em esquecer-te

Pois cada minuto é um ano em mim

Sendo assim, lembrar-me de ti

Cada segundo nesse universo é um suplício

Uma única chance de sobreviver

Não sei se ainda tenho medo, o medo já se fez carne e vou comendo dia a dia

O medo já tem a minha cor, está em minha pele

Teve a tua face e tua voz

Hoje tem a tua saudade

Hoje o medo já fez seu habitat natural

No meio de tantos “quases”

Sigo invicta em derrotas conquistadas

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 12/02/2024
Reeditado em 12/02/2024
Código do texto: T7997482
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