Solitude
Há uma poesia inóspita perambulando...
Veste branco e, tem atavios estranhos como
o ranger de portas, ranger dos dentes e gemidos breves e sentidos.
Há um lirismo moribundo perambulando.
Veste preto e, uns enfeites de gosto duvidoso...
Uma coroa dourada... Uma máscara vermelha cor de sangue...
Há uma rima escondida debaixo da escada... pronta para fazer
cair o transeunte... tropeça-se na sua fonética...
no acento agudo ou será grave?
Entre o preto e o branco. Há milhões de universos.
Se um é ausência de luz. O outro é a majestade da luz.
Mas, se você quiser o meio-tom? Vai ter que calibrar a ótica.
Calibrar a estética. E, até quem sabe?
Equilibrar na balança...
a solidão e solitude... Uma tem o aumentativo vasto do universo e,
outra é delicada e modesta... como uma última rosa de uma primavera imaginária...
Há uma poesia perambulando.
Procurando almas, espíritos, espirros ou
até essências humanas. Que se decantam... que desencarnam e deixou
vestígios nos corações e nas mentes.
No mais, tudo é poesia imortal pois que sobreviverá a todos os males.