INTROSPECÇÃO
Um retrato de sussurros dependurado em minha pele
Um distúrbio inerente em cada saudade vã
A tonta lágrima fadada a viver em queda
Como os lábios meus tão ávidos
Presos e órfãos dessa fulgurante ilusão
O corpo tateado com essa gula afã
Que se convulsionar em tanto querer
Isto em um segundo pensei
Pesei, mordi e agredi
Beijei, corrompi e ancore-me nas grades que criei
Tão identificáveis, tão servis
É isso, tudo meu?
Introspecção!