Desconhecidos
São tantos rostos,
tantos desconhecidos...
Até bate um desgosto
tentar, de novo e de novo,
chega a ser exaustivo.
É tanta gente quebrada,
eu mesmo não fujo à regra,
é sempre levando na cara,
às vezes, até na alma,
a gente tateia às cegas.
São traumas daquilo que foi,
é o medo do que pode vir,
é o drama, o apego, o depois,
e o um que um dia foi dois
com receio de em mil se partir.
É a pressa, ou a falta dela,
o receio do sim e do não...
Que a porta já nem fica aberta
e a gente vive em alerta,
preferindo a solidão.